Poem

“Noches en las que desearíamos que nos pasaran la mano por
el lomo, y en las que súbitamente se comprende que no hay
ternura comparable a la de acariciar algo que duerme”
Oliverio GIrondo

a boca austral noturna como um laço do negror amoroso
     o grito noturno do olhar em chamas, mulher etérea
     a língua da noite é a língua do meu amor absoluto
corpo de quarenta e nove anos eu te amo e você não sabe o que é
enfrentar as dores dos poros
uma vida dentro de uma esquina
noturna é a fenda que separa os corpos
noturna é a vulva que grita e que me diz para ir embora

Cesariny me disse em You are welcome to Elsinore: “E há palavras
nocturnas palavras gemidos”

necessito destas palavras, agora

sp, 19 de novembro 2017